terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Muda

Eu sentei na calçada e pedi pra ele falar baixo. Um monte de gente passava olhando pra nós com olhar de reprovação.Do tipo, vocês são jovens,cheios de vida, namorar é a melhor coisa da vida. Parem de brigar. Tenho vontade de chutar o balde quando alguém me olha assim. Eu poderia muito bem ter ido pra casa e dito "boa noite, quando chegar em casa me liga,tá?". Mas definitivamente eu não sou normal e nem sei o que é namorar e aproveitar a vida então. Se namorar e aproveitar a vida for ter que engolir tudo goela abaixo e dar sempre um sorrisinho meio boca em fotos de casais pra colocar no orkut, tô fora. Prefiro ser a doida desequilibrada coitadinha que não dá certo com ninguém. Quem inventou que a gente tem que perdoar, aceitar as pessoas como elas são e sorrir sempre? No mínimo foi uma pessoa muito infeliz. Quer dizer que eu tenho que aceitar olhares intencionados pra outras mulheres, o peito siliconado da minha professora, a mudança repentina de humor ( e caráter?) e a falta de intensidade? No fundo eu gosto das pessoas porque elas são erradas. Qual é a graça de ter alguém que te acorda com flores, te busca no trabalho e te liga pra dar boa noite?Eu prefiro a missão de mudar alguém a ter alguém que não precise de mudança, porque assim quem vai mudar sou e eu não quero mudar. Eu sei ser legal, calma, inteligente, submissa e interagir com os amigos e AMIGAS dos meus namorados. Sei não ser ciumenta, egoísta e maluca no meio da rua. Mas todas as vezes que eu fui assim tive uma vidinha mais ou menos, um relacionamentozinho mais ou menos e um amorzinho mais ou menos. O mais engraçado é que a única vez que eu mudei levei um pé na bunda. Prefiro ser lembrada com saudade do que viver sendo esquecida aos poucos.

4 comentários:

Mayara Pessoa disse...

Mas as pessoas não mudam se não quiserem, esse é grande o problema. Você tem uma missão quase impossível, e pelo visto, é isso que te faz ver graça no relacionamento: o desafio.

André disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...

Cara Marília, não se engane... Ser normal é ser você, é ter a liberdade de ser o que é.

Normal é não seguir o "padrão" a "cartilha".
Quem faz aquele sorrisinho básico em vez de colocar para fora o que realmente sente é o anormal. Pra que ficar maquiando comportamentos? É por isso quem tem gente que vive a vida toda ao lado de alguém e de um dia para o outro descobre um estranho dentro de casa.
Desconfio de gente "mar de rosas".
Viva a espontaneidade!

Anônimo disse...

Está no hora de acabar com esse blog...Ele me faz ter péssimas recordações rs.